sexta-feira, 11 de abril de 2008

Juventude que sabe de juventunde - Foto de Renato Reis e Texto de Yan Chaparro.


Não estive no lugar, mas devido às redes líquidas sociais, pude encontrar este material, a partir de um amigo, e visualizando sua estética a partir da tela de um computador. Ao observar esta delicada expressão, procurei me envolver com os escritos e as figuras ali. Seu cheiro se tornou real, e a inquietude se manifestou junto às luzes das velas, na busca do por que e como se move este sensível fenômeno de uma arte na ruína. Historia, cultura, ambiente, local e sociedade, elementos que aparecem como necessidades, talvez da apropriação do próprio lugar, do encontro corpóreo com um latente possibilitado pela figura estética desta ruína ali. Lembro de Ítalo Calvino, nos seus escritos de “Cidades Invisíveis”, que revela o imaginário possível que sustenta cada lugar, seu valor subjetivo, que compõe um tecido líquido, para dar vida ao ali. É prazeroso conhecer um movimento constituído por arte assim, pois arte em, com e junto a uma ruína, parece revelar a historia no seu abstrato entrelace de presente – futuro - passado. E a maneira própria vista em cada foto, permite compreender uma necessidade daquelas pessoas que passam e ficam ali, se apropriam do que é belo, e se permitem viver junto ao lugar, tudo parece ter vida. A composição estética que pude me envolver revelou uma singularidade vigente, mas que conta sobre um cotidiano também de outros lugares, o ambiente vivido ali traça um delicado diálogo com compostos do ontem e do hoje, na busca de compreensão do todo. Pude sentir violência e paz, pude sinceramente me intrigar ainda mais com o signo do fogo, e sua figura do sagrado. A vontade que me passa agora é saber o que esta acontecendo ai, neste mesmo instante que escrevo, e também em saber sobre e como será o futuro desta manifestação artística, histórica, cultural, política e ambiental.
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O olhar de 2 jovens/Renato Reis-AC e Yan Chaparro-MS ficará registrado aqui, na esperança inusitada de revelar a juventude que sabe de juventude.

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