
Sala de Espera
Sala de Espera
Capim, mato, corredor... Urtiga
Coceira gostosa...
Salas
Celas
Gritos e murmúrios no corredor
Me lembro de tentar esquecer
Não dá pra esquecer
Não dá pra derrubar a memória tal qual uma velha parede ruída
Ruína
Arte
Vejo Marte pelo teto estrelado...
Nublado
Vejo Mártir
Conheço Daliana
Pronto, voltei a lembrar de esquecer.
Mas não lembro muito bem do quê.
O movimento leva minha atenção para outra sala
Agora me sinto à vontade
O sujeito do meu lado solta um “puta que pariu!”, assustado, bem baixinho, quase imperceptível e que parecia ter saído do coração.... “Nossa!”, pensei eu, disse o que pensei o que senti (deveria ter dito...).
Depois de um tempo mirando as cabeças e os pés que brotavam do piso da cela, e o sujeito seminu que fingia escultura, um outro, camuflado pelas grades da cela e pela parede descascada começa a recitar um texto, revelando-se como um adereço do ambiente e que aparentemente sempre esteve lá, que viu tudo aquilo que as ruínas testemunharam.
Puta que pariu!! Agora eu. E eram tantos os elementos à meia altura, no chão, que não tínhamos olhado para cima. Fizemos exatamente o que os meninos queriam.
Parabéns.
E fui para o hotel melhor...
Por Fernando Figalli
Diretor do Departamento do IPHAN
Um comentário:
ficou fantástica essa foto!!!
"adoro fotografia" :)
lendo o texto detalhes foram se revelando e a curiosidade aumentando...Curiosidade de conhecer mais o arte na ruína e de assistir a essa bela apresentação...
meu amigo e grande artista Wagner San :) já deu uma "palinha" aqui para nós em CG no final do ano em um amigo oculto e foi muito bacana ;)
Tenho certeza que o ARTE NA RUÍNA é um grande projeto com grandes artistas e que vai conquistar não só jovens, mas todos que gostam e apreciam a ARTE em geral!
PARABÉNS a todos do ARTE NA ruína!!!
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