Chico Mendes Vive!

Por Dico Barão 

Chico Mendes, defensor destemido da floresta,

Na Amazônia, sua voz ecoou com destreza.

Em defesa das árvores, das criaturas, da vida,

Lutou contra a destruição com coragem infinda.

Seringueiro valente, guardião da natureza,

No coração da selva, enfrentou a tristeza.

Seu nome ecoa como um canto de resistência,

Na memória eterna, sua luta tem presença.

Chico, o eco da floresta, ainda persiste,

Na consciência de todos que o assistem.

Seu legado floresce como árvores altaneiras,

Protegendo a Amazônia, suas lutas verdadeiras.

Sementes de esperança, ele plantou com fervor,

Em prol do verde, da vida, de um mundo melhor.

Chico Mendes, herói da terra, em nosso peito,

Sua história inspira, seu nome é perfeito.

Na Amazônia, suas pegadas são trilhas,

Sob as estrelas, seu espírito brilha.

Chico Mendes, eterno guardião da floresta,

Em nossos corações, sua luz permanece em festa.

*Ilustração: Artista Plástico Ozeas Nobre

Festival das Arteiras: A Celebração da Cultura Amazônica que Ultrapassa Fronteiras

O Festival das Arteiras se consolidou como um dos mais importantes eventos culturais da Amazônia Internacional, reunindo artistas do Brasil, Bolívia, Peru e outros países latino-americanos. Desde sua primeira edição, o festival tem sido um espaço de resistência, troca de saberes e fortalecimento da identidade amazônica, promovendo teatro, dança, música, capoeira, literatura e manifestações populares.

Uma História que Começou Pequena e Cresceu para o Mundo

O festival nasceu em 2018, idealizado pela Cia. Arteiras, um grupo boliviano formado por mulheres artistas e educadoras que acreditam na arte como ferramenta de transformação social e empoderamento feminino. No início, o evento era um encontro local, com pequenas apresentações em escolas e centros culturais de Cobija. No entanto, a força das narrativas artísticas e o impacto das performances fizeram com que o festival crescesse rapidamente.

Com o tempo, a programação se expandiu para incluir artistas de diversas regiões da América Latina, criando um intercâmbio cultural inédito na fronteira Brasil-Bolívia. Hoje, o Festival das Arteiras é um evento de referência na Amazônia, promovendo o diálogo entre culturas indígenas, afrodescendentes e urbanas.

O Acre Como Protagonista na Cena Cultural Internacional

Ao longo das edições, o festival contou com a participação de diversos grupos do Acre, que trouxeram ao palco a riqueza cultural do estado, com capoeira, teatro de rua, música tradicional e narrativas da floresta. Alguns destaques foram:

Cia. Arte na Ruína (Xapuri) – que apresentou peças baseadas nas histórias dos seringais e das comunidades ribeirinhas.

Coletivo Vozes da Amazônia (Brasiléia) – que trouxe um espetáculo de dança e oralidade, misturando ritmos indígenas e afro-brasileiros.

Orquestra Jovem da Floresta (Cruzeiro do Sul) – que encantou o público com interpretações musicais baseadas em toadas e ritmos amazônicos.

A presença acreana no festival fortalece os laços culturais entre Brasil e Bolívia, além de abrir portas para os artistas do estado em outros festivais latino-americanos.

Um Festival que Celebra a Diversidade Cultural

O Festival das Arteiras vai muito além das apresentações artísticas. Ele é um evento que dá voz a povos indígenas, quilombolas, mestres de cultura popular, mulheres artistas e jovens talentos, promovendo uma arte acessível e transformadora. As atividades incluem:

Espetáculos teatrais e musicais em escolas, teatros e espaços públicos.

Oficinas e workshops voltados para formação de novos artistas e intercâmbio cultural.

Rodadas de conversa e debates sobre cultura, ancestralidade, identidade e direitos sociais.

Intervenções artísticas em comunidades vulneráveis, levando arte a quem mais precisa.

O Futuro do Festival: Rumo à Internacionalização

A 3ª edição, marcada para abril de 2021, promete ser a maior até agora. Com a presença de novos grupos internacionais e uma programação ainda mais diversa, a organização do evento busca ampliar seu impacto, estabelecendo parcerias com festivais da Argentina, Colômbia e Chile.

Para Débora Rodrigues, diretora da Cia. Arteiras, o crescimento do festival mostra a força da cultura amazônica no cenário internacional:

"A arte não tem fronteiras. Cada edição do Festival das Arteiras reforça que a Amazônia é um grande palco de histórias, ritmos e saberes. Queremos continuar promovendo esse intercâmbio e mostrando ao mundo a potência dos nossos artistas."

Com um público crescente e reconhecimento internacional, o Festival das Arteiras se firma como um evento essencial para a valorização da cultura amazônica, do Acre e da arte latino-americana.

Para mais informações sobre inscrições e programação, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail ciaarteiras@hotmail.com.

Vamos apresentar nas bibliotecas do nosso Acre

Nós da companhia Arte na Ruína, de Xapuri, estamos muito contentes. Aprovamos um projeto em 2019 no fundo estadual de cultura do Acre e temos a oportunidade de fazer um intercâmbio de apresentações fora da nossa cidade de Xapuri.

Vamos levar o espetáculo O ensaio surreal do grito sufocado (versão para fora do prédio da ruína) e apresentar dentro de três bibliotecas em 2 municípios acreanos (Epitaciolândia e Rio Branco). Além das apresentações, vamos trocar conversas com artistas locais e tudo será regado com muita cultura e animação.

Bem sabemos as dificuldades que os artistas enfrentam no interior amazônico e suas peculiaridades, e temos de buscar meios de movimentar o cenário cultural e artístico da região.

Os espaços escolhidos não foram aleatórios. Buscamos espaços não habituais para nossas apresentações – fato que já é sabido por todos, tendo em vista que começamos a apresentar dentro de uma delegacia velha, abandonada, tendo como teto as estrelas do céu, a menos de 100m da Casa de Chico Mendes, fazendo um intervenção que virou até documentário.

E agora vamos levar a três bibliotecas:

Biblioteca Paxiúba: Refúgio cultural e educacional na periferia de Rio Branco, Acre. Localizada na Travessa Canaã, 175, Loteamento Santa Helena, a Paxiúba se destaca como um espaço inclusivo e acolhedor, projetado para inspirar a leitura, o aprendizado e a celebração da rica diversidade cultural da região amazônica. Neste ambiente cuidadosamente planejado, os visitantes encontram não apenas uma extensa coleção de livros, mas também uma porta aberta para atividades culturais, oficinas artísticas e experiências que transcendem as páginas, promovendo uma verdadeira imersão na riqueza da herança cultural amazônica.

Casa de Leitura do Seringueiro: Banhada pela exuberância da floresta amazônica, a Casa de Leitura do Seringueiro, situada na zona rural do Seringal Cachoeira, Colocação Riozinho, em Epitaciolândia, Acre, é um tesouro literário no coração da natureza. Criada por Rudineli dos Santos Alves, este refúgio cultural abraça a simplicidade e a paixão pelos livros, oferecendo aos moradores locais e visitantes uma experiência única de leitura. A localização remota da casa, entre as cidades de Xapuri e Brasileia, destaca sua importância como um farol literário, proporcionando acesso à leitura em uma região onde o contato com os livros é muitas vezes escasso.

Casa de Leitura dos Amigos: Aninhada no coração do Bairro Ivete Vargas, em Rio Branco, a Casa de Leitura dos Amigos é mais do que um espaço dedicado aos livros. Sob a liderança inspiradora de Silvério Carvalho Neto, esta casa única oferece um refúgio literário e cultural em meio aos desafios enfrentados pelos bairros periféricos da cidade. Com uma coleção diversificada de cerca de 5 mil livros, incluindo obras de autores locais, o ambiente acolhedor da Casa convida a comunidade a explorar o universo da leitura enquanto desfruta de delícias da culinária regional. Em um bairro onde a vulnerabilidade social é uma realidade, a Casa de Leitura dos Amigos emerge como um oásis de conhecimento, transformando vidas página por página.

Vai ser um momento mágico. E, se você morar perto, vá conferir nossas apresentações.

A programação divulgaremos em breve, mas as ações estão marcadas para acontecer entre março e abril de 2020!

Partiu, vamos inaugurar a Biblioteca Contos & Recontos da Amazônia

É isso mesmo, tivemos a honra de sermos convidados pelo nosso amigo artista Quenede Amorim para inaugurar sua biblioteca. Estamos falando da Biblioteca Contos & Recontos da Amazônia, na cidade de Parintins, no Amazonas!

É, minha gente, vamos viajar para lá.

Quenede Amorim é um importante artista que já fez parte de nossas parcerias artísticas, nos auxiliando com narrativas artísticas das quais pesquisa há tempos dentro da floresta amazônica, contribuindo para o resgate e disponibilização dos saberes únicos da nossa gente.

Dessa pesquisa vieram os livros, a contação de histórias e um espaço único que já estamos malucos em conhecer.

A Biblioteca tem livros até me braile, audiobooks, e pessoal que sabe libras, isto é, é um ambiente mágico para leitores, artistas e todas as pessoas que morem por perto.

Quem puder comparecer (vamos fazer uma apresentaçãozinha na entrada), a inauguração será dia 15 de fevereiro, na Rua da Felicidade (não tem número mas é fácil de encontrar), Bairro Castanheira, em Parintins (AM).

Não faltem!!

É o Dia Internacional da Animação!!!

O dia 28 de outubro é o Dia Internacional da Animação (DIA – é uma Mostra de curtas-metragens de desenhos animados nacionais e internacionais com entrada franca que acontece no dia 28 de outubro em centenas de cidades do Brasil). A data foi escolhida por ser o dia em que, em 1892, Émile Reynaud realizou, em Paris, a primeira exibição pública de imagens animadas no mundo. Para comemorar a data, a Associação Internacional do Filme de Animação - ASIFA lançou o evento, que já está em sua 1ª edição, realizado atualmente em 30 países.

Em Xapuri

Além das exibições da mostra oficial, cada cidade programou atividades diversas nos dias que antecedem o evento, como mostras infantis, internacionais, para deficientes auditivos e visuais, além de oficinas, debates, palestras e exposições.

Em Xapuri a programação foi a seguinte:

Abertura do Dia Internacional da Animação

Com Stand Up de Clenes Guerreiro e Cildo Aquino

Às 18:30h

Espetáculo Teatral “Se ela dança eu danço”

Companhia Arte na Ruína – Direção de Clenes Guerreiro

Às 18:45h

Apresentação “Contos & Recontos de Xapuri” – Contação de Histórias

Prêmio ‘Bolsa de Fomento à Literatura’ 2014

Diretoria do livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura

Grupo Fuxico de Contadores de Histórias de Xapuri

Direção de Clenes Guerreiro

Às 19:15h

Mostra Oficial – Dia Internacional da Animação

Com a Mostra Nacional, Internacional e a Infantil

Às 19:30h

Todos os eventos acontecerão no Museu do Xapury, localizado na Rua Coronel Brandão, nº 156, Centro de Xapuri/AC.

Hoje é dia de Um poema em cada árvore

Hoje, 21 de setembro, dia da árvore, na cidade de Xapuri, você encontra o “Um poema em cada árvore”, uma iniciativa de incentivo à leitura que mobiliza centenas de cidades pelo Brasil com a doce tarefa de espalhar poemas para o público em geral.

Assim, da Rua 24 de Janeiro até a Praça São Gabriel, se perca nos deliciosos poemas nas árvores da terrinha – uma parceria entre Instituto Psia (de Minas Gerais) e Cia Arte na Ruína.

Sobre o Um poema em cada árvore

O Um poema em cada árvore é uma iniciativa de incentivo à leitura realizada mensalmente desde agosto de 2010 na cidade de Governador Valadares, Minas Gerais.

Idealizada pelo poeta Marcelo Rocha e realizada pelo Instituto Psia, a iniciativa caracteriza-se por utilizar as árvores como suporte para a leitura, pendurando mensalmente poemas de poetas desconhecidos do grande público nos oitis valadarenses.

Mais de 2500 poetas já tiveram seus poemas pendurados nas árvores brasileiras através do Um poema em cada árvore.

132 cidades brasileiras já realizaram o Um poema em cada árvore.

Milhares de pessoas de todas as regiões do Brasil já tiveram contato com a leitura através desta iniciativa.

O Um poema em cada árvore foi uma das iniciativas finalistas do Prêmio Vivaleitura 2011 e 2014, premiação concedida pela OEI - Organização dos Estados Ibero-Americanos, Ministério da Educação e Ministério da Cultura.

Atualizações...

Gente, foram tantas coisas que fizemos nas últimas semanas que não cabe em um só post.
Mas vamos por partes. Primeiro, apenas dar o gostinho.

• Realizamos a apresentação do Fase10 (isso, a mesma que realizamos no interior do Mato Grosso do Sul), em frente ao Museu do Xapury, no dia 12 de Agosto;
• Nosso artista plástico Rômulo Rodrigues teve seus quadros expostos na 1ª Semana de Artes Visuais de Xapuri - também em Agosto;
• Realizamos, no dia da árvore (21/09, último sábado) Um poema em cada árvore - iniciativa do nosso amigo, o poeta mineiro Marcelo Rocha.

 

E vem muito mais por aí.
Por enquanto, vamos atualizando devagar.

Obs: Duas fotos de Um poema em cada árvore (do ano passado).