Por Joscíres Ângelo
Olhando as postagens do Arte na Ruína muito me alegra pela grandiosa vontade deste grupo em trazer aos nobres xapurienses a graça e a magnitude da arte pelo seu ângulo mais perceptível o da realidade. Ao passo que decaio numa grande tristeza em perceber que a política cultural de Xapuri se esfalece na tolice congênita dos agentes públicos responsável pela manutenção do gênero artístico neste município.
É válido ressaltar que nesta cidade grandes movimentos culturais nasceram e sobreviveram ao longo de algum tempo unicamente pela iniciativa popular que sempre estiveram à frente das iniciativas e digamos com apoio quase inexistente do poder público. Cito nesse ínterim a criação do Grêmio Cultural Madre Petronilia Trinca em 1953 pelos jovens do então Instituto Educacional Divina Providência, que marca a entrada dos jovens xapurienses nas diversas expressões artísticas entre elas o curso normal de piano para moças que era realizado na própria escola bem como eventos esportivos e teatrais sempre a cargo dos Frades Servos de Maria que aqui residiam.
A partir deste marco inicial, muitas iniciativas na área da musica, teatro e pasmem até mesmo na literatura foram amplamente difundidas entre a juventude pacata e ordeira de Xapuri nas décadas de 60, 70 e 80, sempre sem o apoio do Poder Publico. Essas décadas são marcadas pela chegada dos migrantes sulistas que contribuíram decisivamente para miscigenação de uma estrutura cultural, fortemente alicerçada na realidade local.
Se formos considerarmos as expressões artísticas neste rincão amazônico, devemos primeiramente agradecer sempre a atitude dos jovens xapurienses, que sempre estiveram a frente dessas transformações, às vezes tidos como rebeldes, indisciplinados. Não, plenamente, incompreendidos sim, rebeldes jamais, dispostos a mudanças sim... Indisciplinados não... Diferentes do padrão adotado por isso difíceis de serem interpretados.
É nesse contexto que se apresenta a proposta dos Jovens integrantes do Arte na Ruína, verdadeiros navegadores que lançam seus horizontes num objetivo claro e preciso o de sensibilizar a população e os agentes públicos, para com o grave descaso que a cultura vem sofrendo nos últimos anos em Xapuri. O que dizer então de tão nobre intenção??? Exaltar a iniciativa e ver que há necessidade de fortalecermos tal movimento para que não seja o apelo unicamente de um grupo, mas de uma sociedade toda...
Conheço todos os integrantes do Arte na Ruína e vejo com bons olhos tal movimento iniciado com muita garra dedicação e acima de tudo qualidade nas suas apresentações e alegro em saber que tenho certeza de que este pequeno fragmento do novo alvorecer das expressões artísticas em Xapuri se constituirá numa nova realidade vindoura...
Olhando as postagens do Arte na Ruína muito me alegra pela grandiosa vontade deste grupo em trazer aos nobres xapurienses a graça e a magnitude da arte pelo seu ângulo mais perceptível o da realidade. Ao passo que decaio numa grande tristeza em perceber que a política cultural de Xapuri se esfalece na tolice congênita dos agentes públicos responsável pela manutenção do gênero artístico neste município.
É válido ressaltar que nesta cidade grandes movimentos culturais nasceram e sobreviveram ao longo de algum tempo unicamente pela iniciativa popular que sempre estiveram à frente das iniciativas e digamos com apoio quase inexistente do poder público. Cito nesse ínterim a criação do Grêmio Cultural Madre Petronilia Trinca em 1953 pelos jovens do então Instituto Educacional Divina Providência, que marca a entrada dos jovens xapurienses nas diversas expressões artísticas entre elas o curso normal de piano para moças que era realizado na própria escola bem como eventos esportivos e teatrais sempre a cargo dos Frades Servos de Maria que aqui residiam.
A partir deste marco inicial, muitas iniciativas na área da musica, teatro e pasmem até mesmo na literatura foram amplamente difundidas entre a juventude pacata e ordeira de Xapuri nas décadas de 60, 70 e 80, sempre sem o apoio do Poder Publico. Essas décadas são marcadas pela chegada dos migrantes sulistas que contribuíram decisivamente para miscigenação de uma estrutura cultural, fortemente alicerçada na realidade local.
Se formos considerarmos as expressões artísticas neste rincão amazônico, devemos primeiramente agradecer sempre a atitude dos jovens xapurienses, que sempre estiveram a frente dessas transformações, às vezes tidos como rebeldes, indisciplinados. Não, plenamente, incompreendidos sim, rebeldes jamais, dispostos a mudanças sim... Indisciplinados não... Diferentes do padrão adotado por isso difíceis de serem interpretados.
É nesse contexto que se apresenta a proposta dos Jovens integrantes do Arte na Ruína, verdadeiros navegadores que lançam seus horizontes num objetivo claro e preciso o de sensibilizar a população e os agentes públicos, para com o grave descaso que a cultura vem sofrendo nos últimos anos em Xapuri. O que dizer então de tão nobre intenção??? Exaltar a iniciativa e ver que há necessidade de fortalecermos tal movimento para que não seja o apelo unicamente de um grupo, mas de uma sociedade toda...
Conheço todos os integrantes do Arte na Ruína e vejo com bons olhos tal movimento iniciado com muita garra dedicação e acima de tudo qualidade nas suas apresentações e alegro em saber que tenho certeza de que este pequeno fragmento do novo alvorecer das expressões artísticas em Xapuri se constituirá numa nova realidade vindoura...
Parabéns aos integrantes do “Arte na Ruína” pela iniciativa.
2 comentários:
Na Roda a discussão é Cultura
Pouquíssimas vezes pude estar presente em Xapuri num grupo tão seleto de jovens e representantes de Instituições ligadas à Cultura e às diversas manifestações artísticas que realmente estivessem interessados em produzir cultura popular como meio de transformação social e de absorção de valores da realidade local.
Iniciou hoje através da Iniciativa do Instituto Chico Mendes por sua Presidente a Jovem Elenira Mendes um Encontro de Planejamento para Ações de intervenção na área cultural de Xapuri, contando com a participação de representantes do Ministério da Cultura, Fundação Elias Mansour, Instituto do Patrimônio Histórico Nacional, Museu Xapury, Grupos Locais ligados a produção Cultural, onde destacamos: o Poronga e o Arte na Ruína e Coordenação da Quadrilha Rabo de Saia, entre outros agentes promotores da cultura local.
O encontro em destaque está acontecendo na Pousada Villa Verde, onde hoje durante todo o dia estiveram destacando as principais dificuldades encontradas, bem como as iniciativas existentes que mesmo sem o apoio devido do Poder Publico Local, encontramos ações na área cultural que demonstram facilmente o carinho e força de vontade que cada um mantém acessa.
Elenira Mendes na abertura do Encontro ressaltou da importância do Instituto Chico Mendes em estar fomentando tais atividades tendo em vista que a Instituição fora pensada numa perspectiva jovem, alicerçado nos conceitos do movimento ecológico idealizado pelo Grande Mártir Chico Mendes, numa exposição clara e precisa descreveu sucintamente a natureza da Instituição, sua visão e objetivos .
Na oportunidade também fora exposto no âmbito de produção cultural pelos Jovens Clenis Alves e Diego Ferraz a fase declinante que tem observado em Xapuri principalmente no tocante ao fomento dos órgãos públicos que praticamente inexiste a muito tempo, nessa ampla apresentação da realidade o Jovem Artista Plástico Wagner San expôs a experiência do Grupo Arte na Ruína que é na verdade uma provocação no sentido de sensibilizar toda a sociedade xapuriense a buscar alternativas viáveis voltadas a Produção cultural, provocação esta que se constitui em um grande marco de mostrar o novo, que pode inclusive marcar historicamente uma passagem de conceito de produção artística num ambiente que hoje a nível municipal, permeia a falta de incentivos.
Interessante que no transcorrer do encontro percebia-se a interação de todos e a motivação nas discussões que de fato interessava aos presentes.
A representante do Ministério da Cultura a senhora Keilah Diniz ressaltou da importância de focalizar esforços em produzir alternativas que realmente estejam voltadas à cultura local, dando sua importante contribuição no levantamento de situações problemas encontradas a nível de município, demonstrando bastante interesse e engajamento com a área cultural, enfrentando com bons sorrisos uma caminhada pelos principais pontos do centro de Xapuri que Promovem a Cultura numa visita que iniciou na Fundação Chico Mendes, Casa de Leitura, Centro de Memória Chico Mendes, Ruínas da antiga Delegacia de Policia local onde acontece as apresentações do Grupo Arte na Ruína, Centro de Lazer para a Juventude Caleb do Nascimento Mota, Museu dos Xapurys e Casa Branca, tendo ainda energia juntamente com o grupo de jovens a encerrar as 18:00h o primeiro dia de encontro, sendo que ainda ocorrerá nesta quarta e quinta-feira a conclusão do Planejamento idealizado, o que de certo é uma boa pedida a todos, que possam estar contribuindo para com este gesto de transformação cultural.
Realmente hoje tive o previlégio de ter literalmente um dia cultural, já que a cultura esteve na roda.
Joscíres Ângelo.
Pesquisando na internet, encontrei esse texto, e resolvi postar, pois achei tal poesia de um nível idêntico aos desejos e anseios que eu, e os demais integrantes do grupo Arte na Ruína... Sonhamos... Com um mundo mais justo, sem sensura à arte, e com mais espaços para manifestações artisticas e culturais. Infelismente, é difícil trabalhar com arte e cultura em Xapuri, mas, com união, esforço e acima de tudo sonhos que começam à se tornar realidade.
Fica aqui postado o meu orgulho de fazer parte do "movimento" Arte na Ruína, e afirmar que é possível realizar sonhos, desde que nunca deixe de sonhar...
Diego Ferraz
Pra não dizer que não falei de Juventude
Onde foram os jovens que enfrentam canhões?
Onde foi a música que arrastou multidões?
Onde foi o sonho de o mundo mudar?
Será que todos eles pararam de sonhar?
Tinham tantos sonhos, muito brilho no olhar
Não tinham medo de a vida entregar
Em todas as partes estavam aos milhões
Era nas escolas, campos, construções...
Quem roubou o sonho e a esperança?
Quem matou a verdade de nossas crianças?
Quem usou da mídia pra enganar?
Quem te contou que os jovens pararam de lutar?
Onde foram os jovens que pintaram a cara?
Onde estão aqueles que provaram o pau de arara?
Onde foi aquele grito forte de tanta dor?
Não podemos parar, gritem por favor!
Falta muita luta, muita busca, muita dor
Ainda não estamos vivendo...
Ainda não estamos vivendo...
Ainda não estamos vivendo...
Na civilização do amor...
de Juliano André Romitti Fleck
Ijuí - RS
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